O Brasil ainda tem muito que aprender com a informatização e digitalização em Diagnóstico por Imagem. É verdade que muita coisa mudou em menos de 10 anos, mas acredito que todos concordam que estamos longe de vivermos uma revolução tecnológica em radiologia. Uma das coisas que mais atrapalham este desenvolvimento é a falta de informação. Durante o tempo que atuava diretamente com projetos PACS pude perceber que antes de tentar levar uma solução era obrigado a ensinar sobre o conceito deste produto para depois evoluir para os benefícios que este tipo de projeto agrega no fluxo de trabalho.
A verdade é que quando um radiologista ou dono da clínica faz um investimento em um tomógrafo ou ultra-som novo ele sabe que está pagando algo palpável e issso, por si só, justifica a sua ação de adquirir. O PACS, apesar de necessitar de toda uma estrutura de hardware e rede tem o seu valor focado na "disponibilidade" de um software maduro, intuitivo, prático e que lhe permita tratar e disponibilizar imagens de uma forma que jamais ele teria alcance. Os grandes centros (principalmente aqueles que dispõem de profissionais capacitados para gerenciar este sistema) já incorporaram esta idéia e trabalham de forma sólida para desenvolver suas ferramentas.
Um exemplo muito simples de se fazer uma analogia foi a quase total extinção das antigas gráficas de convites. Com o advento do computador e uma série de outros equipamentos de impressão, menos de 10% das empresas deste setor sobreviveram e se modernizaram. Acredite, acontecerá o mesmo com as clínicas e laboratórios que oferecem o serviço de exames com imagem. Aquelas que não mudarem os seus processos estarão condenadas a não suportar a manutenção de um serviço convencional, que acreditem, é muito mais caro.
Lembro a vocês que no Link "Recomendo!" estão algumas sugestões de blogs da área radiológica. Entrem e valorizem aqueles que gostam de repartir o conhecimento. Um abraço.
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